Como num dia normal

"Um dia todos lembrarão o meu nome"
disse ele sentado a mesa sozinho ao brincar com um estilete,
se bem que era aquele tipo de estilete de 1,99 que mal tem corte,
fora tudo desperdiçado entre um trabalho escolar e outro.
"Quando eu sumir, as pessoas sentirão minha falta"
pensou ao imaginar se aconteceria exatamente como vira nos filmes,
caso resolvesse jogar um secador de cabelo na banheira,
mas pensando bem, poderia provocar um incêndio e não queria causar a desgraça a seus pais.
Levantou-se,
fez um sinal meio desajeitado que vagamente lembrou algo que aqueles pastores da TV faziam junto ao peito,
"Eu serei lembrado e admirado pelos meus atos"
checou na bolsa as duas semi-automáticas que o tio usava para caçar,
totalmente carregadas,
e entrou na escola para o que parecia ser mais um dia normal de aula...

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