E agora?

Mais uma vivência que me leva a querer iniciar mais um daqueles projetos idiotas que nunca saem do papel, mas apesar dos pesares eu não desisto.

Sábadão eu fui pra balada, sim, uma cena que eu nem imaginava muito. Porém, lá estou eu. Pra essa ocasião eu tive que voltar a beber (uma caipirinha e meia) pra poder me jogar na pista e dançar. Enquanto as chances passaram em torno de mim e elas tinham um só nome, um só rosto e (provavelmente) um celular apenas.

Dançando e fingindo que estou muito feliz e que tudo aquilo me é muito natural, porém sem desgrudar o olho e tentando me convencer que a situação nem era propícia: "Outras pessoas precisam da sua atenção também". Sim, um acesso da versão come bola e boazinha de mim, que convém chamar de UM GRANDISSISSIMO IDIOTA.

Deu no que deu que eu tive que ir, sem nem tentar, num clima de despedidas em que tudo que passou pela cabeça para se dizer durante toda a noite veio mais uma vez na ponta da língua, mas eu me obriguei a esquecer: "Existe hora e lugar para isso", eu me policiava, embora uma sensação de que a hora passou e o lugar já fechou. E eu me perguntava: "E agora José? A noite acabou. Com ela não ficou. Você se ferrou... E agora, José?"

Cheguei em casa num misto de decadência, cansaço e cheiro de cigarro. Liguei a TV pelo barulho de fundo e sonhei com as inúmeras possibilidades não tomadas daquilo que tinha acabado de passar, sendo que após cada uma delas eu despertava, pensando que tinha que acordar cedo para trabalhar: "E agora, Gustavo?"

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